A evolução digital vem transformando a relação das pessoas com o consumo de informação. A disponibilidade e a abundância de conteúdos em tempo real trouxeram questionamentos sobre o futuro do jornal. Os dispositivos digitais – notebooks, tablets, smartphones, e-readers, smartwatches, etc – ganharam espaço e facilitaram o acesso às informações. Hoje, mais da metade da população brasileira tem acesso à internet e, consequentemente, consome conteúdos diversos, nacionais e internacionais. Outro hábito muito comum da Era digital é a leitura dinâmica de notícias por meio das redes sociais, blogs e aplicativos, que nos atualizam de maneira rápida, porém superficial.
Apesar da instantaneidade das informações, o que entra em jogo é a credibilidade dos conteúdos, que nesses casos dificilmente tem potencial para competir com os grandes portais. É muito comum que um furo de reportagem seja lançado e disseminado informalmente pelo mundo digital em razão da liberdade de publicação na internet. Mas, sua confirmação acontece apenas quando veículos conceituados assinam a história. Notícias de grandes calamidades ou falecimentos de personalidades são bons exemplos dessa prática.
Em contrapartida, a evolução da tecnologia também trouxe inovações positivas para o mercado de comunicação, os portais e redes de conteúdo entraram com força total no mundo do Big data. Por meio de plataformas de gestão de dados – os conhecidos DMPs (Data Management Platforms) – os editores têm o poder de acessar informações valiosas sobre seus visitantes, conhecer seus interesses, desejos e comportamentos para personalizar o conteúdo e segmentar a publicidade de acordo com cada perfil.
Quando essa prática é constante, é possível criar uma experiência de navegação única que beneficia a todos os envolvidos:
1. a audiência, que é impactada por conteúdos e anúncios que atendem às suas necessidades e antecipam seus desejos.
2. os anunciantes e agências de publicidade, que tem o poder de planejar e realizar campanhas mais assertivas direcionando-as para públicos segmentados.
3. os publishers, que fidelizam seu público, agilizam a entrega de conteúdo e maximizam a receita do seu inventário.
Em síntese, desafios oriundos da evolução digital sempre existirão e, daqui para frente, serão mais frequentes e repentinos. Por isso, os publisher que souberem antecipar-se e usarem isso a favor do seu negócio estarão no caminho para o sucesso.