Com tantos acessos, portais, internautas, campanhas e empresas envolvidas no ecossistema de mídia online, foi preciso criar uma modalidade de venda com tecnologia aplicada, automatizada e que conseguisse realizar grandes quantidades de transações. Assim, surgiu a mídia programática. Com ela, o processo fica mais rápido, padronizado, as negociações acontecem diretamente entre compradores e vendedores ou por meio de leilão em tempo real e é possível segmentar a audiência atingindo a pessoa certa, na hora certa e com a abordagem certa.
A explicação para a mídia programática fazer tanto sucesso é que consegue trazer benefícios para ambos os lados da negociação: anunciantes e publishers. Os primeiros não precisam ficar presos apenas a estudos demográficos para estimar o alcance do público alvo, podem realizar as segmentações de audiência pois tem à disposição muitas outras características. Logo, tornam suas campanhas mais assertivas e não gastam impressões com audiência não qualificada.
Já os publishers têm sido o grupo mais receoso em adotar essa tecnologia, mas há vários benefícios e oportunidades que a mídia programática oferece:
- Vender em larga escala.
- Vender o inventário remanescente por um valor maior do que o que conseguiria via negociação tradicional, já que terá segmentação envolvida.
- Construir relacionamento com os anunciantes pois poderá oferecer negociações exclusivas para alguns deles e provar com dados quão eficiente uma campanha é.
- Oferecer as segmentações e a modalidade de compra tão procurada pelos anunciantes.
- Aumentar o alcance e a penetração de mercado.
- Agilidade nas negociações.
- Controlar a que preço o seu inventário será vendido e definir lances mínimos.
- Oferecer lookalike.
- Vender audiência ao invés de impressões/cliques.
O segmento de display programático é o que mais cresce no mercado muito mais que search, por exemplo. O eMarketer estima que o mercado de mídia programática brasileiro faturou 72 milhões de reais em 2014 e irá dobrar de tamanho ano após ano, até atingir 280 milhões de reais/ano em 2017. Esses números levam a crer que essa modalidade não é apenas uma moda mas sim parte de um processo de evolução digital que veio para ficar.